Os deputados federais Elmar Nascimento (União-BA) e Antônio Brito (PSD-BA) despontam como favoritos à sucessão do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Nesta semana, os dois tiveram uma última prova de fogo antes do recesso parlamentar do meio do ano e o líder do União saiu vitorioso.
Na terça (9), Brito organizou uma festa para sete deputados do PSD nascidos em julho. A real motivação para o evento, no entanto, era se movimentar nos bastidores políticos e não deixar que Elmar brilhasse sozinho, já que o adversário tinha programado para esta quarta (10) uma festa de aniversário dele, que completou 54 anos no último sábado (6).
O evento de Brito foi tido como sucesso, com lideranças de diversos partidos – da base e da Oposição – e ministros do governo Lula. A performance do líder do PSD jogou a pressão, então, em cima de Elmar, que acabou matando a responsabilidade no peito.
A começar pela presença de três nomes de muito peso do governo, que não estiveram na festa de Brito: os ministros da Casa Civil, Rui Costa (PT), e de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, além do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
Até o ministro Juscelino Filho (União), que tem tido comportamento discreto depois de ser indiciado pela Polícia Federal (PF), foi à festa e parecia muito à vontade entre os colegas de partido.
Elmar conseguiu a tarefa que parecia difícil de reunir um número ainda maior do que Brito de lideranças e presidentes partidários. Até o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB), foi flagrado na celebração.