A cantora Solange Almeida contou que está passando por um tratamento especial para tratar o vício em cigarro eletrônico e os prejuízos que o uso causou a sua saúde. Atualmente, Solange está fazendo acompanhamento de fonoterapia para se recuperar.
“Fui usuária durante oito, nove meses. Aquela coisa de ver amigos usando, eu nunca tinha usado. Escutava que era à base de água, que não tinha nicotina e não fazia mal. Com o tempo, comecei a sentir dificuldade para respirar, minha voz não era a mesma”, contou a cantora.
Para saber sobre as consequências do cigarro eletrônico e entender o que diferencia ele do cigarro de nicotina comum, o Bahia Notícias conversou com a fonoaudióloga Emile Rocha que começou apontando como o uso dessa droga pode afetar a carreira de cantores.
“Cigarros eletrônicos vem comprometendo principalmente o sistema respiratório cardiovascular. Daí se acomete o sistema respiratório, e então vai acometer a qualidade vocal, porque a fonação da voz nada mais é que o som oriundo da vibração das pregas vocais, que tem como principal fonte de energia a respiração que vem dos pulmões.”
Ela prosseguiu contando que a partir daquele primeiro problema vão surgindo outras comorbidades que podem, no fim, causar câncer de pulmão, de boca, de laringe. “Se tiver câncer de laringe vai precisar fazer radioterapia ou quimioterapia associada. Pode, também, precisar fazer uma cirurgia de laringe. Então consequentemente, a gente vai ter que fazer uma laringectomia que pode ser parcial ou total”, pontuou.