Com a situação grave enfrentada hospitais de Manaus, no estado do Amazonas, por causa da segunda onda de contaminação da Covid-19, quem tem poder aquisitivo e recursos à disposição tem pagado até R$ 170 mil em UTIs aéreas privadas para se tratarem em cidades como Brasília, São Paulo, Goiânia e Cuiabá.
As informações são de reportagem do jornal O Globo, e indicam que entre os que procuram o serviço estão funcionários públicos de alto escalão do Amazonas, profissionais liberais, empresários e até políticos. A apuração identificou que uma das principais empresas do ramo está com todos os voos lotados até terça-feira.
O Amazonas sofre com o sistema de saúde pressionado e em colapso, falta de leitos, de insumos e até oxigênio. Além disso os cemitérios da cidade estão lotados. Há dois dias consecutivos, o número de enterros é superior a 200, superior ao registrado no primeiro pico da doença, entre abril e maio do ano passado, destaca a matéria de O Globo.
Hospitais públicos e privados estão com lotações praticamente esgotadas. Enquanto a maior parte da população se aglomera para conseguir um leito e torce pela normalização do estoque de oxigênio hospitalar, quem pode deixa a cidade em UTIs aéreas privadas.