O jornalista e escritor Roberto Martins lança um novo título nesta quinta-feira, às 18 horas, no Espaço Cultural Viola de Bolso, na Rua Guarany, 38, no Bairro do Gusmão, em Eunápolis. Para divulgar o evento, Roberto foi recebido nos estúdios da Rádio Ativa FM, nesta terça-feira (dia 29 de nov.) pelo radialista e reconhecido comunicador Paulo Henrique, que comanda as manhãs do rádio regional com o programa “Rádio Show”.
Durante quase uma hora e meia (das 11h às 12:26h) de bate-papo, e face à versatilidade do entrevistador, o escritor pode revelar muito da história de Almasor, o filho de emigrante sírio-libanês que trouxe “das arábias” o amor pelo livro e a cultura e findou aportando no extremo sul da Bahia, em pleno ciclo do jacarandá. “Do Golfo Árabe ao extremo-sul baiano, com passagem por Alexandria e Recife, a região cacaueira, a exploração da madeira, tudo isso e muito mais encaixado ali no meio de uma vida de luta e de uma curiosa promessa que fez ao pai no leito da morte: reunir 5 mil metros de livros e difundir o conhecimento!” disse Roberto sobre seu personagem.
Para quem gosta do gênero, “O Mercado de livros” recebeu uma resenha crítica da escritora Ariádini Santos, onde ela se releva encantada com a presença do historiador Roberto, e ao mesmo tempo, surpresa com a história dentro da História. ”Roberto Martins se superou como narrador de ficção”, resume. Para Ariádini Santos, “as vivências de Almasor, protagonista, conduzem o leitor a espaços e culturas diversas, provocam reflexão sobre a relatividade do que se pode considerar ético, e que não há falta de ética quando o instinto de sobrevivência se faz urgente.
Sobreviveu às tantas adversidades em busca da vitória, a que foi predestinado desde o batismo, para viver cultuando a arte”. “Erudito e leve”, segue a resenhista, “O Mercador de Livros é leitura indispensável para todos que apreciam uma boa e bem escrita história, daquelas que despertam em quem lê o desejo de tomar um cafezinho com o personagem, sentir que ele existe, desejar que ele exista. Gostei de saber por que os árabes são chamados de turcos, anotei que preciso ler um conto de certo escritor do Romantismo francês, viajei do Império Otomano às margens do Jequitinhonha, me embebeci de Almasor e de seus livros”. Completa a escritora.