O ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou nesta quarta-feira (6) que o governo brasileiro conversa com laboratórios internacionais para tentar garantir “uma cota” em possíveis vacinas que sem mostrem eficazes contra o novo coronavírus.
Segundo Teich, o objetivo é evitar que o Brasil fique sem acesso a eventuais formas de combater o novo vírus.
“A gente está conversando com possíveis laboratórios que vão produzir as vacinas, para que a gente possa garantir, caso suja uma vacina, que o Brasil tenha uma cota, uma boa parte. Porque um dos grandes riscos que existem hoje, ao surgir um medicamento novo, ao surgir uma vacina nova, é que a gente tenha a mesma realidade que aconteceu com EPIs [equipamentos de proteção individual], com respirador, onde você começa a ter uma falta mundial naqueles lugares que não conseguem produzir para nós”
Em entrevista ao R7, o professor da Faculdade de Medicina da USP Jorge Kalil, que trabalha no desenvolvimento de uma vacina brasileira, ressaltou a importância de um produto nacional.
“Na melhor das hipóteses, quando começar a comercialização. Essa vacina, se nós não tivermos a nossa, se for feita na Inglaterra, primeiro eles vão vacinar os ingleses, depois americanos, depois europeus, depois chineses… Para nós termos acesso a essa vacina, vai demorar. Tem que ter uma fábrica que produza, tem que ter um monte de coisas.”