O agravamento da pandemia da Covid-19 fez o consumo de oxigênio hospitalar crescer até cinco vezes em algumas localidades do país. O fato tem gerado preocupação em gestores municipais, que temem registrar mortes devido à falta do gás. A situação também é vista com receio por órgãos de controle e empresas, que se movimentam para evitar o desabastecimento, ressalta reportagem do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Monitoramento do Ministério da Saúde aponta que seis estados apresentam situação crítica em relação ao nível de oxigênio medicinal disponível: Acre, Rondônia, Mato Grosso, Amapá, Ceará e Rio Grande do Norte.
A Bahia e outros seis unidades federativas estão em estado de atenção. São elas: Pará, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão em estado de atenção. A informação foi dada no início da semana pelo diretor de Logística do Ministério da Saúde, general Ridauto Fernandes, durante reunião do Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia de Covid-19 (Giac).
Roraima apresenta uma das maiores taxas de crescimento do consumo do gás hospitalar. Ao Metrópoles, a Secretaria de Saúde informou que, considerando dados de fevereiro, o consumo médio hoje gira em torno de 2.616,4 metros cúbicos (m³) por dia, o equivalente a 73.259,2 m³ no mês. Em novembro do ano passado, a quantidade consumida tinha sido de 13.346 m³ – ou seja, houve alta de 448,9% nesse período.
Ainda no Norte do país – região que já vivenciou, em janeiro deste ano, o desabastecimento do gás no estado do Amazonas –, Amapá teve um aumento superior a 200%, segundo dados da empresa White Martins, principal fornecedora do setor. Em Macapá (AP), a ampliação da rede de atendimento elevou o fornecimento de cilindros de oxigênio de 14 para 70 unidades por dia.