Após o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirar o sigilo das conversas entre procuradores da Operação Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro, o também ex-ministro rebateu e disse que as mensagens foram “obtidas por meios criminosos nas incessantes tentativas de anular condenações por crimes de corrupção”.
Em nota postada em suas redes sociais, Moro comentou que os hackers obtiveram o material por celulares de procuradores da república, “sendo, portanto, de se lamentar a sua utilização para qualquer propósito, ignorando a origem ilícita”. “Não reconheço a autenticidade das referidas mensagens, pois como já afirmei anteriormente não guardo mensagens de anos atrás”, acrescentou.
Moro ainda afirmou que nenhuma das mensagens retrata fraude processual, “incriminação indevida de algum incidente, antecipação de julgamento, qualquer ato ilegal ou reprovável ou mesmo conluio para incriminar alguém para qualquer finalidade ilegal”.
O ex-ministro ainda reiterou que interações entre juízes, procuradores e advogados são comunis na praxe jurídica. “Não havendo nada de ilícito, por exemplo, em perguntar sobre conteúdo de denúncia, na solicitação para manifestação com urgência em processos”, pontuou.