Os professores do município de Guaratinga tiveram uma redução de 50% em seus salários referente ao mês de julho devido à greve de meio período, que a categoria tem mantido desde março. Esse desconto foi aplicado devido à carga horária reduzida de trabalho durante o período de greve.
De acordo com a prefeitura, a administração tem buscado estabelecer um diálogo com a categoria representada pela APLB/Sindicato para chegar a um acordo que seja justo tanto para os profissionais da educação quanto para a situação financeira da cidade. A prefeitura afirmou que várias reuniões foram realizadas entre representantes da prefeitura e da categoria dos professores.
Durante esses encontros, foram apresentadas propostas com o objetivo de atender às demandas dos profissionais da educação. No entanto, até o momento, as propostas apresentadas não foram aceitas pela APLB/Sindicato, o que dificultou a resolução da greve e resultou em prejuízos para ambas as partes envolvidas.
A prefeitura também comunicou que, no mês de junho, foi oferecido um aumento salarial de 6,21%, totalizando um reajuste de 12% no ano. No entanto, mesmo com essa proposta de reajuste, a greve foi mantida pela categoria, acarretando prejuízos tanto para os educadores quanto para o sistema educacional do município.
A gestão municipal informou ainda que, devido às atuais condições financeiras e à situação das receitas do município, não foi possível conceder reajustes maiores neste momento, como pode ser verificado pelos demonstrativos financeiros abaixo:
MÊS TRANSFERÊNCIA FUNDEB % aplicado em Salários de Professores
JANEIRO R$ 2.615.121,59 56%
FEVEREIRO R$ 1.788.559,73 81%
MARÇO R$ 1.554.025,76 93%
ABRIL R$ 1.557.619,25 93%
MAIO R$ 1.913.633,07 76%
JUNHO R$ 1.687.684,99 86%
JULHO 1.638.905,22 89%
Apesar dos esforços da gestão municipal em estabelecer um diálogo e apresentar propostas de reajuste, a categoria informou que continuará com um “blecaute” na educação até o quinto dia útil do mês.