A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, nesta segunda-feira (8), os trabalhos de recolhimento dos materiais do avião em que a cantora Marília Mendonça estava a bordo no acidente aéreo em que morreu, na última sexta-feira (5).
O delegado regional da corporação em Caratinga, Ivan Lopes Sales, disse que um cabo estava enrolado em uma das hélices do bimotor, mas isso não seria conclusivo com relação a origem.
“É fato de que tem um cabo enrolado na hélice. Agora, a gente só vai poder afirmar que esse cabo é o cabo que se rompeu quando a perícia tiver o laudo pericial”, explicou.
Os destroços da aeronave serão encaminhados para o Rio Janeiro nesta terça-feira (9) e os motores para Sorocaba, em São Paulo. “Se porventura a Polícia Civil achar necessário realizar outras perícias, ela [a aeronave] estará lá à disposição também”, informou.
As apurações sobre eventual responsabilidade criminal não têm prazo para terminar. “A investigação procede com os laudos periciais, com oitivas de eventuais testemunhas, com arrecadação de documentos. É importante ressaltar que a Polícia Civil quer dar uma resposta célere, mas uma resposta célere não significa uma resposta rápida. Uma reposta célere é a resposta mais técnica, no menor tempo possível”, afirmou.
Segundo o G1, a empresa responsável pela retirada dos destroços encontrou um dos motores em uma área de mata fechada. A peça teria se soltado da aeronave logo após a colisão com os fios da torre de transmissão de energia da Cemig.
O segundo estava numa área da cachoeira, submerso. De acordo com a publicação, a empresa dona da aeronave, PEC Táxi Aéreo, foi autorizada a recolher os destroços após o trabalho de perícia, pois todas as evidências iniciais que poderiam ser usadas na investigação já foram retiradas da aeronave.